Trabalho final de graduação de Arquitetura e Urbanismo da Carolina de Arruda Botelho Klocker, associada da associação Cânions Paulistas, apresentado em 2009, na Escola da Cidade, São Paulo.

Este exercício trata de um deslocamento do olhar. Uma proposta que busca no escuro uma compreensão do país. As cidades pequenas representam em quantidade 84% das cidades brasileiras.
Grande parte da nação habita os pequenos núcleos, que permanecem desconhecidos tanto pelas administrações públicas, nas mais diversas escalas, quanto pela pesquisa acadêmica. O estudo aqui desenvolvido se aprofunda em um objeto – cidade, Itararé, cidade do interior de São Paulo, que pode ser compreendida como um exemplo comum de cidades deprimidas, desarticuladas, à margem.
O trabalho começa e termina com projeto. Começa do ar e acaba de dentro da terra, e o faz percorrendo diferentes escalas e questões, enquanto no caminho vai se apropriando de elementos que se complementam e se explicam – do objeto a cidade, da cidade o município, do município uma região, estado, país – até retornar ao objeto. Uma metodologia ao revés.
A partir da compreensão do território onde se estabelece a cidade de Itararé, uma analise histórica e propositiva para este centro urbano, derivando ao estudo do município e suas possibilidades, comuns também aos municípios vizinhos que fazem parte de um cenário ímpar do estado São Paulo – uma grande ilha de exclusão com características sócio-econômicas mais próximas ao Brasil norte e nordeste, após Brasília.
Dentro do plano, o projeto que compõe a parte final deste caderno é uma experimentação em um espaço de grande significado para a cidade, o antigo pátio ferroviário, onde, mobilidade, produção e educação se fundem dando inicio a uma transformação quem vem de dentro com grande força.

Clique aqui para ter acesso ao documento